Há um ano e meio a frente da Internacional e conhecedor das dificuldades do futebol do interior paulista, o técnico João Vallim já emplacou como um dos grandes treinadores do Leão da Paulista.
Foi um dos responsáveis em resgatar a credibilidade da Veterana. O treinador foi contratado para o Campeonato Paulista da Série A-3 de 2016 e encontrou uma equipe a beira da degola e sem nenhuma credibilidade.
Mesmo sem recursos para dar mais qualidade a equipe naquele momento, aos poucos o experiente treinador foi alavancando a Internacional. Desta forma, Vallim conquistou a confiança do elenco e dos torcedores alvinegros.
E foi com muito trabalho e comprometimento que o treinador evitou o rebaixamento do Leão, graças a vitória na última rodada sobre o Primavera por 2 a 1, em Indaiatuba. A Internacional precisava renascer para o futebol.
A prioridade para 2017 era manter Vallim e foi através de um projeto bem elaborado pelo ex-diretor de futebol do clube, Celso Potechi, que o técnico aceitou o desafio.
O primeiro semestre foi a redenção para o alvinegro leonino. O acesso foi garantido para a Série A-2 com a vitória de virada sobre o Monte Azul por 2 a 1, no Limeirão.
Mas dentro do que foi planejado, a Copa Paulista também era outra missão para o clube. A competição, que em temporadas passadas não deixou boas lembranças, reservava para a Internacional uma grata surpresa, que culminou com o vice, após derrota nos pênaltis para a Ferroviária, em Araraquara.
Desta forma, o Leão conquistou uma vaga na Copa do Brasil, uma das competições mais importantes do futebol brasileiro. A Internacional estava de volta a uma competição a nível nacional.
Conforme enfatizou João Vallim em conversa com a reportagem da Gazeta de Limeira, 2017 foi o ano inesquecível para o Leão da Paulista.
Após um ano inesquecível para a Internacional, o que estaria reservado para 2018?
Vallim – A expectativa é muita boa e não poderia ser diferente. Tivemos este ano duas conquistas importantes para a Internacional. Agora é dar sequência aos trabalhos para que possamos ser felizes nas duas competições que vamos disputar em 2018. Após a Copa Paulista tivemos 15 dias de descanso. Agora é dar sequência aos preparativos.
Você se preocupa com a qualidade do gramado e até mesmo com os uniformes? São fatores que fazem parte do planejamento?
Vallim – Nós temos um estilo de jogo e para executarmos é necessário que tenhamos um bom gramado. Temos uma equipe leve, que faz a bola correr. Disputamos duas competições e mais os treinamentos, mas sempre tivemos cuidado com o gramado. Em relação ao uniforme, ele dá uma visibilidade positiva para a equipe e passa uma certa organização. Entendo que são coisas importantes para o trabalho ser positivo.
Você está há um ano e meio comandando a Internacional. Por conhecer o clube o seu trabalho é facilitado?
Vallim – Formamos um grupo forte. Somos uma família, com jogadores comprometidos com o trabalho e mostrando respeito com o clube. Com o tempo a gente vai conhecendo os atalhos, as diretrizes do clube e entendendo a filosofia da direção. Como estou no clube há um ano e meio, em algumas situações as coisas tornam-se mais rápidas.
A estreia da Inter na Série A-2 será no dia 17 de janeiro frente ao Audax no Limeirão. O tempo é suficiente para moldar a equipe para a competição?
Vallim – Tudo foi programado, além do mais temos uma base que vem de duas competições. A gente procura fazer um trabalho para errar o menos possível. Como tudo foi programado o tempo torna-se suficiente para preparar a equipe para a Série A-2.
Alguns jogadores pontuais dentro do seu esquema deixaram o clube. Percebe-se que a reposição de peças está ocorrendo. Esses reforços possuem as mesmas características daqueles que saíram?
Vallim – São jogadores que passaram pelas Séries A-1 e A-2 do futebol paulista. Os que permaneceram no elenco também são jogadores que passaram pela A-2. Montamos uma equipe com formato de A-2 que atuou na A-3. Simplificando, a maioria disputou a Série A-2. São jogadores experientes e que conhecem a divisão. É o tipo da situação que facilita o nosso trabalho e a proposta de jogo da nossa equipe.
O que o torcedor leonino pode esperar da Internacional na Série A-2?
Vallim – Quando renovamos com o clube o nosso projeto era chegar em três anos na elite do futebol paulista e alcançarmos uma competição a nível nacional. Não imaginávamos que seria tão rápido, pois no primeiro ano conquistamos o acesso para a Série A-2 e a vaga para a Copa do Brasil. Fica evidenciado que estamos no caminho certo. A sequência será dada. A A-2 é uma divisão difícil, mas vamos em busca do nosso objetivo.
Em relação a Copa do Brasil, a Internacional vai enfrentar o Rio Branco do Acre. O que você sabe sobre esse adversário?
Vallim – Conheço o Rio Branco do Acre. A equipe já disputou a Série C do Brasileiro como também a Copa do Brasil. O Rio Branco tem experiência na competição. Acompanho o futebol e sei das dificuldades que vamos encontrar.
Gazeta – Que 2018 seja um ano de prosperidade para você e para a Internacional.
Vallim – Desejo aos torcedores da Internacional, direção, funcionários, jogadores, comissão técnica e a vocês da imprensa um ótimo Natal e um ano com muitas bênçãos, saúde, paz e alegria. O meu muito obrigado à todos e felicidades.
*** Entrevista feita por Naldo Dias para a Gazeta de Limeira