Por Edmar Ferreira
Uma carreira promissora que precisa ser interrompida. O goleiro Vagner Mora, de 18 anos, anunciou sua aposentadoria precoce dos gramados.
Após enviar seus exames para o Santos FC, time que o avaliaria para uma futura negociação, o arqueiro recebeu a notícia que tem um problema no coração, que o impede de jogar.
“O médico me disse que se eu continuar jogando poderia agravar mais a minha situação. Tenho um prolapso da válvula mitral e válvula aórtica bicuspide. Resumindo, não posso fazer um grande esforço”.
A notícia caiu como uma bomba no Independente. Mora seria o titular do Galo no Campeonato Paulista da Segunda Divisão. Estava treinando bem e vinha sendo elogiado pelo técnico Jorge Parraga.
Já no domingo, no jogo-treino contra o C3, de São Carlos, o clima de tristeza tomava conta dos jogadores, da comissão técnica e da diretoria galista. Todos já sabiam do problema do goleiro.
Mora começou a despontar no futebol limeirense defendendo a Internacional. Foi o grande nome da equipe no Campeonato Paulista Sub-20 do ano passado. Porém não teve sequência no Leão e aceitou treinar no rival, onde rapidamente foi aprovado.
Gigante de 1m93, Mora chamava a atenção por sua elasticidade debaixo da meta. Fez defesas incríveis no Sub-20 e nos jogos-treino do Galo mostrou segurança e muita competência.
Nas redes sociais, Mora lamentou o ocorrido.
“Comecei 2019 achando que seria o melhor ano de todos, porém se tornou o ano mais triste da minha vida. Hoje sou obrigado a parar de fazer aquilo que mais amo por problemas de saúde. Infelizmente esse é o ponto final da minha carreira. Meu maior sonho foi por água abaixo. Mas aprendi muitas coisas no futebol e a que considero mais valiosa é aproveite o momento que você está vivendo, nunca saberemos o que te espera no dia de amanhã. Minha caminhada como goleiro de futebol termina aqui. Fico feliz pelos momentos que vivi e triste por tudo que sonhei viver um dia. Apesar de tudo, Deus sabe de todas as coisas. Fé sempre”.
Mora disse que a partir de agora quer se formar em educação física e futuramente, virar preparador de goleiros. “Posso ter uma vida normal, só não posso treinar em alto nível”, completou.