Por Edmar Ferreira
A coletividade do Velo Clube está em luto.
Faleceu hoje aos 82 anos, ao se sentir mal em uma fila de banco, o torcedor, conselheiro e eterno diretor do Rubro-Verde, Santino Paiolla.
Uma figura carismática, que sempre brigava literalmente pelo bem do Velo.
Não tinha papas na língua e sempre falava o que vinha em sua cabeça, doa a quem doer. Não perdoava as pessoas que deixaram o Velo nessa situação.
Era meu vizinho na Cidade Nova.
Confesso, tive alguns entreveros com ele ao longo da vida, mas sempre uma boa conversa arrumava a situação.
Paiolla sonhava em ver o Rubro-Verde novamente na elite do futebol paulista, porém morreu exatamente no ano do rebaixamento para a Série A-3. Ele ficou muito triste com o descenso e demonstrava isso.
Veja a bonita homenagem prestada a Paiola no site oficial do Velo Clube, através de um texto muito bem escrito:
Recebemos há poucos instantes, uma notícia muito triste.
O falecimento de um dos mais fervorosos velistas.
Brigou e lutou a vida inteira para uma melhoria no Velo.
Mas quando as coisas apertavam, arregaçava as mangas e fazia os trabalhos que ele sabia fazer.
Eram constantes os consertos procedidos por ele.
Rebocava, assentava azulejos, vazamentos, torneiras ou qualquer ajuste que estivesse a seu alcance.
Trabalhava de bilheteiro, fiscal.
Acompanhava tudo.
Dispensava aqueles que prejudicava o Velo.
Com gênio forte, falava muito daqueles que deixaram o Velo na situação que se encontrava.
Não media suas palavras, naqueles que em seu entender, prejudicaram o Velo.
As vitórias do Velo mudavam seu semblante.
E eram comemoradas regadas a vinho italiano, que ele orgulhosamente exibia e distribuía após as vitórias.
Viveu o Velo intensamente.
Sentiu como tantos o rebaixamento.
Hoje, seu coração não aguentou mais.
Em plena fila de banco, passou mal. E nos deixou. Abruptamente.
Aos 82 anos, ele abandonou o rubro-verde.
Vai deixar saudade.
De suas broncas, dos conselhos, e do amor que dedicou ao Velo.
Receba nosso adeus, triste, Santino Pajolla
Que se despediu hoje de nós.
Aos familiares, os nossos pêsames.
E a nossa lágrima de saudade, deslizando sobre nosso rosto.
Tchau Nonô….