Por Gustavo Caetano Rogério
BOLA CHEIA
Para Internacional 2 x 1 Monte Azul, resultado que leva o Leão limeirense de volta à Série A-2 do Campeonato Paulista em 2018.
Quem achava que seria uma “baba” por jogar em casa, esta decisão sentiu na carne a emoção propiciada do primeiro ao último minuto.
Monte Azul bem arrumadinho, saindo somente nas boas, mas levando perigo ao gol da Internacional, conseguindo marcar através de uma penalidade máxima bem interpretada pela arbitragem.
Porém um lance poderia ter determinado outros números na primeira etapa e comentamos mais abaixo.
Muita garra e determinação dos atletas do Leão, lutando pelo “prato de comida” sem esmorecer, até conseguir “virar” para 2 x 1 e com méritos totais.
Aliás, tanto Internacional como Monte Azul teriam méritos pelas campanhas realizadas e pela luta final.
Arbitragem de Thiago Duarte Peixoto com um lance capital, entendendo-se ter existido penalidade máxima reclamada pelos locais e não marcada. Já havíamos escrito nas colunas que sua postura, agressiva anteriormente e indevida, agora apresenta uma falsa tranquilidade, parecendo em alguns momentos que “nada nem é com ele na partida”.
Precisa ele encontrar o ponto de equilíbrio, conforme aqui já observamos, e ser efetivamente o comandante das ações do jogo.
Porém, com a vitória da Internacional não teve nenhuma interferência, a não ser de um possível gol a mais, mas que nada mudaria no acesso limeirense.
BOLA CHEIA
Para o Nacional, que foi a Olímpia após ter perdido a primeira partida em casa, até mesmo desacreditado e saiu de lá com o acesso garantido: 1 x 0 no tempo normal e vitória na decisão por tiros desde o ponto penal. Acabou fazendo justiça ao time da Capital.
Entretanto, partida muito ruim e sem nenhuma emoção. Primeiro tempo com um único chute a gol aos 48 minutos e gol do Nacional. Nenhum chute do Olímpia.
Quem não soubesse que valia acesso iria imaginar que era um amistoso comemorativo do Dia das Mães, tal o fraco futebol apresentado e nenhum clima em campo que identificasse uma decisão.
Exceção feita ao torcedor do Olímpia que tentava empurrar a equipe. Partida totalmente distinta da que foi jogada entre Internacional e Monte Azul, onde emoções e muita determinação não faltaram.
Salim Fende Chaves arbitrou, teve bom trabalho, sem erros determinantes, precisando ser trabalhado com relação a movimentação, postura, gestos e sinais. Técnica e disciplinarmente não teve problemas e conduziu bem a partida.
BOLA CHEIA
Para o Corinthians que no Chile, pela Sul-Americana, não tomou conhecimento do Universidade de Chile, vencendo com tranquilidade por 2 a 1 e classificando-se para a sequencia da competição.
Partida de domínio alvinegro na etapa inicial e com o adversário pouco chegando a meta de Cássio.
Na etapa final e especialmente após abrir 2 x 0, deu uma relaxada e isto fez os locais crescerem e colocar a meta de Cássio em risco, mas com o goleiro fazendo defesas importantes.
Foi o Timão, mais uma vez, uma equipe bem postada em campo, altamente solidária entre suas linhas, tocando a bola com segurança e somente pressionada no terço final da partida.
Arbitragem do uruguaio Daniel Fedorczuk que para nós, deixou de marcar penalidade máxima sobre Jô logo aos 8 minutos. Fez vistas grossas em várias situações para cartão amarelo, mas nos minutos finais acertou nas expulsões de Reys e Jara, aos 42 e 43 minutos, respectivamente.
Na ação de seus excelentes assistentes Richard Trinidad e Carlos Pastorino anulou gol do Corinthians aos 24 minutos na primeira etapa e do Universidade aos 38 da segunda.
Aliás destaque absoluto na participação dos dois assistentes acima nominados que, apesar de lances difíceis durante a partida, em nada erraram.
BOLA CHEIA
Para Fluminense 3 x 2 Santos, em partida que o resultado numérico não refletiu o que foi o andamento da partida.
Bem o Fluminense no início, como Santos crescendo gradativamente, equilibrando as ações e tendo maior posse de bola no primeiro tempo (60/40).
Segundo tempo quase que no mesmo ritmo com o Peixe jogando bem e também o Fluminense.
Porém, uma penalidade máxima acabou mudando os rumos da partida e numa ação “malandra” de Henrique Dourado, que forçou a “barra” e o árbitro “entrou”.
Entretanto, não se pode dizer que a vitória do tricolor carioca foi injusta, pois também fez excelente partida.
Wagner Reway omitiu-se num cartão amarelo para Ricardo Oliveira, fazendo-o quando mais uma vez fez falta brusca muito tempo depois. Marcou penalidade máxima para o Fluminense que para nós não existiu, sendo forjada por Henrique Dourado.
Nem ele, nem o adicional e nem o assistente viram também Diego Cavalieri “dividir” uma bola, fora de sua área penal, socando a bola numa interpretação que poderia sugerir expulsão por situação clara de gol pelo uso da mão.
Não tem nenhuma condição de pertencer aos quadros FIFA como foi guindado recentemente.
BOLA CHEIA
Para Palmeiras 4 x 0 Vasco da Gama e que, na reestreia de Cuca já se mostrou uma equipe mais solta e com muito mais variações de meio campo e ataque.
Início de jogo com o Verdão dominando as ações até os 15 minutos, reação vascaína a seguir e colocando em risco por várias vezes a meta esmeraldina onde, mais uma vez Fernando Prass foi destaque.
Curiosamente, mesmo dominando, foi o Palmeiras quem marcou o segundo no finalzinho desta etapa. Na segunda etapa logo aos 48 segundos “matou” o jogo fazendo o terceiro gol e daí para frente não dando nenhuma chance ao adversário, além de perder outras oportunidades de gol.
Arbitragem de Rodolfo Toski Marques não nos agradou na primeira etapa, errando em não marcação de faltas e não punição de outras com cartão amarelo, preferindo “conversar” e administrar.
Corre demais e isto atrapalha o melhor posicionamento. Ainda nesta etapa foi prejudicado pelo mau assistente Vitor Hugo Imazú errando em impedimentos do ataque palmeirense, além de inverter alguns arremessos laterais.
Melhorou a arbitragem na segunda etapa e o placar elástico acabou ajudando a levar a bom termo sua missão. Duas penalidades máximas marcadas e ambas indiscutíveis.
“NÃO SOU MELHOR QUE NINGUÉM, MAS PROCURO SER MELHOR QUE EU MESMO TODOS OS DIAS”
BOLA MURCHA
Para São Paulo 1 x 1 Defensor y Justicia num dos maiores vexames na linda história tricolor.
Enfrentou uma equipe que após 82 anos de fundação fazia sua primeira partida fora de seu país e uma das últimas colocadas (15ª) no Campeonato Argentino.
Começou bem, fez seu gol logo de início, mas depois disso foi “afundando” minuto a minuto, chegando a ser ridículo até o final da partida, e com o adversário, mesmo sem maior posse de bola, “dando as cartas e jogando de mão”.
A pergunta que se faz é de que valem as coletivas de Rogério Ceni destacando números e mais números, auto protegendo-se e teoricamente culpando seus jogadores?
Se o esquema é bom, se os números são bons, os jogadores pelo jeito não prestam. Foi a terceira eliminação com Rogério no comando e em sequencia neste ano: Copa do Brasil, Campeonato Paulista e agora Sul-Americana.
Como reagirá o torcedor com relação a Rogério? Continuará sendo “mito” (e foi mesmo) ou passará ele o que passam normalmente treinadores do futebol brasileiro que nada ganham?
Parabéns ao pequeno Defensor y Justicia que mereceu amplamente o resultado e a classificação.
E mais um árbitro ruim se vê nas competições da Conmebol, e de quem nem iremos comentar seu mau desempenho, invertendo faltas, não marcando outras e totalmente inexperiente para ostentar o escudo FIFA.
Ulises Mereles, do Paraguai, foi mais esse fraco árbitro, observando-se somente que não interferiu no resultado numérico da partida.
BOLA MURCHA
Para Corinthians 1 x 1 Chapecoense, com o Timão frustrando seus torcedores na abertura do Campeonato Brasileiro.
Embalado pelo título paulista, esperava-se melhor desempenho e vitória na Arena Corinthians, mas o que se viu foi uma Chapecoense jogando ótimo futebol, envolvendo o Corinthians em vários momentos do jogo e quase aprontando uma peça ganhando a partida.
Uma surpresa para nós, e mérito de Vagner Mancini. Foi o excelente futebol jogado por João Pedro, ex-lateral apenas regular do Palmeiras, e agora transformado em meio campista jogando futebol de qualidade.
Elmo Cunha foi o mesmo árbitro mediano de outras temporadas. Erros aconteceram, mas não determinantes.
Um árbitro como ele não pode ser desafiado pelo indisciplinado Fagner (mais uma vez) e “fazer de conta” que estava tudo bem. Chamou o jogador par a mostrar cartão amarelo e este não o atendeu, desfazendo e ironizando a decisão com gestos e palavras, ou seja “amarelando ao árbitro”…
BOLA MURCHA
Para o jogador do Sporting B, Bundag Nasirov, que na partida de sua equipe pela Segunda Liga Portuguesa, mesmo sem estar atuando efetivamente, pois era um dos reservas, cometeu aquela que certamente será a primeira penalidade máxima marcada, e que foi cometida por um jogador que não participava jogando entre os titulares.
Estava ele em aquecimento atrás da meta de sua equipe, quando inadvertidamente levou a mão na bola que sairia pela linha de fundo e para adiantar a reposição por seu goleiro.
Ocorre que a bola ainda estava no campo de jogo, sobre a linha de fundo, e dentro da área penal de sua equipe.
E não estranhem, pois acertou a arbitragem, face a recentes mudanças nas Regras de Jogo. E numa demonstração de conhecimento das Regras nenhum jogador do Sporting B reclamou da marcação. Já imaginaram isto acontecendo no nosso futebol?
“AQUELE QUE SE EXALTAR SERÁ HUMILHADO, E AQUELE QUE SE HUMILHAR SERÁ EXALTADO…”